09 novembro 2009

se o amor tivesse lógica não arriscávamos

“Se o amor tivesse lógica não arriscávamos”. Esta é uma fala roubada de uma série vista numa noite de insónia no sofá, com os olhos meio inchados.
Quando mudei pela enésima vez de canal, dei com uma criança que estava possuída por Deus. Nessa série Deus é “one of us” e tanto pode ser uma professora chata, como uma criança esperta ou um adolescente punk. E fala para além da Bíblia.
A criança lia uma história de princesas que acaba sempre com “… e viveram felizes para sempre”. A criança falava bem, ou não fosse Deus. Dizia Ela que depois do final feliz vem o trabalho. “O amor verdadeiro dá trabalho”. Mais uma fala roubada. Nem é grande novidade, mas dita por Deus... Guardei-as como se me tivesse caído a moeda que faltava no mealheiro onde conservo as boas e as más memórias emocionais.
E alguém perguntava porque não pode o amor ser mais simples, porque não podemos nós passar ao lado das discussões, das tentações, das angústias, das inseguranças?
E Deus falou assim: “Porque o amor é a mais bela e intensa luz do Universo, que ilumina tudo e todos. E como todas as luzes tem sombra”.
E na madrugada do nono dia do mês de Novembro eu descansei finalmente. Se à lógica nos convertermos jamais seremos capaz de amar.
Talvez até Saramago gostasse mais deste Deus. Um Deus que nos coloca desafios, mas não é castrador ou injusto. A liberdade é uma coisa fantástica. Com ela decidimos o que fazer com o destino. Não mudamos o destino, mas podemos escolher o que fazer com ele. E o amor é sempre o melhor caminho.

Nota: As falas roubadas não estão devidamente transcritas, porque não tinha papel e caneta à mão nem vontade de me levantar do sofá, mas querem dizer o mesmo. Palavra de Deus.

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